O seu modelo de negócio SaaS está com prazo de validade?

Empresários SaaS Bons de Verdade #013

Empresários SaaS Bons de Verdade — #013
O seu modelo de negócio está com prazo de validade?

Oi, querido empresário SaaS! Tudo bem?

Sabe aquele momento em que você para e pensa: "será que escolhi o modelo de negócio certo pro meu SaaS?"

Pois é, hoje vou te contar algumas verdades que talvez você não queira ouvir, mas que são cruciais para o sucesso do seu negócio.

E não, não é aquele papo básico que você encontra no Google.

Vou te falar sobre modelos de negócio que realmente funcionam para empresas de tecnologia. Prepara o café (ou chá) e vem comigo!

O que é (DE VERDADE) um Modelo de Negócio

Primeiro, vou deixar algo bem claro: modelo de negócio não é aquele desenho bonito que você faz no Canvas e guarda na gaveta.

Um modelo de negócio é a lógica de como sua empresa cria, entrega e captura valor. Simples assim.

Mas o ponto mais importante (e que quase ninguém fala) é: tudo se resume a trocas justas.

Pensa comigo: se o que você oferece não é considerado justo pelo seu cliente, e o que ele te paga não é considerado justo por você, esse relacionamento tem prazo de validade.

E no mundo SaaS, onde a recorrência é rainha, você não pode se dar ao luxo de ter relacionamentos com prazo de validade.

Os tipos de Modelos que realmente importam

Vou te contar um segredo: existem dezenas de classificações de modelos de negócio por aí, mas após anos ajudando empresas SaaS a crescerem, descobri que só duas realmente importam para nosso mercado.

1. Quanto à recorrência:

A recorrência é o coração de um negócio SaaS, mas ela pode ter diferentes formas:

Modelos Recorrentes Puros

São aqueles onde uma única venda gera várias cobranças ao longo do tempo, sem data para acabar. É o famoso MRR (Monthly Recurring Revenue) que tanto amamos. Pense no Spotify, na Netflix, no seu próprio SaaS.

O mais interessante? Você pode ter recorrência de várias formas:

  • Assinaturas mensais/anuais

  • Contratos de suporte contínuo

  • Taxa sobre transações (como faz o Stripe)

  • Comodato de hardware + mensalidade

Modelos Não Recorrentes

Aqui, cada venda é uma venda nova. É como uma consultoria ou um projeto sob demanda. Uma venda = uma cobrança, mesmo que parcelada.

Muita gente torce o nariz para modelos não recorrentes, mas eles podem ser extremamente estratégicos.

Por exemplo: um setup inicial bem cobrado pode financiar a aquisição de novos clientes.

Modelos Mistos (meus favoritos!)

É quando você combina o melhor dos dois mundos. Por exemplo:

  • Setup inicial (não recorrente) + mensalidade (recorrente)

  • Licença perpétua (não recorrente) + suporte mensal (recorrente)

  • Implementação (não recorrente) + assinatura (recorrente)

2. Quanto ao público:

Aqui é onde muita gente se perde, porque escolher o público errado é como tentar vender guarda-chuva no deserto. Entenda cada um:

B2B (Business-to-Business)

Você vende para outras empresas. 

As vendas são mais complexas, mas os tickets são maiores e a fidelidade tende a ser maior.

Por quê? Porque empresas não trocam de software como trocam de roupa.

B2C (Business-to-Consumer)

Venda direta para o consumidor final.

Tickets menores, mas volume maior. O desafio? Conquistar e manter a atenção em um mundo cheio de distrações.

B2B2C (Business-to-Business-to-Consumer)

Meu xodó! Você vende para empresas que usam seu produto para atender consumidores finais.

É complexo? Sim. Vale a pena? Absolutamente! Porque você cria um ecossistema onde todos ganham.

B2G (Business-to-Government)

Vender para o governo tem suas complexidades (licitações, burocracia), mas pode ser extremamente lucrativo. O segredo? Paciência e compliance.

P2P (Peer-to-Peer)

Plataformas onde pessoas negociam com pessoas. Pense no Airbnb ou no BlaBlaCar.

O desafio é criar confiança entre as partes.

Dica de quem já viu muito SaaS crescer: o segredo não está em escolher o modelo "certo", mas em entender como esses modelos podem se complementar no seu negócio.

As 4 verdades nuas e cruas sobre modelos de negócio

Querido, chegou a hora de algumas verdades que talvez doam um pouquinho. Mas como sempre digo: crescimento sem desconforto não existe!

1. Seu modelo de Negócio não é uma tatuagem

Muita gente trata modelo de negócio como se fosse algo permanente, tipo uma tatuagem.

Mas sabe o que acontece?

O mundo muda. Seu mercado muda. Seus clientes mudam.

Pensa na Netflix (adoro esse exemplo!). Começou alugando DVDs pelo correio. Imagina se tivesse se apegado a esse modelo? Hoje provavelmente seria mais uma Blockbuster.

A verdade é que seu modelo precisa evoluir constantemente. E isso não é falha — é inteligência estratégica.

2. Caixotes são Para produtos, não para negócios

"Todo SaaS precisa cobrar por usuário."

"SaaS tem que ter plano anual."

"Você precisa seguir o modelo da empresa X."

Já ouvi tanto isso que dá até arrepio!

Olha, querido empreendedor SaaS: seu negócio é único. Ele tem:

  • Seus próprios desafios

  • Seu próprio mercado

  • Seus próprios clientes

  • Suas próprias forças e fraquezas

Copiar cegamente o modelo de outra empresa é como usar o sapato de outra pessoa - pode até servir, mas nunca vai ser tão confortável quanto um feito sob medida.

3. Todo modelo tem um preço (e não é só financeiro)

Essa é a que mais dói, mas preciso te contar: todo modelo de negócio tem um custo de operação. E não, não estou falando só de dinheiro.

Custos que ninguém te conta:

  • Tempo: quanto mais complexo o modelo, mais tempo para executar

  • Pessoas: diferentes modelos exigem diferentes competências

  • Tecnologia: cada forma de cobrança precisa de uma infraestrutura

  • Aprendizado: você vai errar antes de acertar (e tudo bem!)

  • Energia: alguns modelos são mais desgastantes que outros

Se você escolhe um modelo sem ter capacidade de bancar esses custos, você não tem um modelo de negócio - tem um modelo de fracasso.

4. Seu modelo é como um terno: precisa de ajustes

Templates e frameworks são ótimos pontos de partida, mas péssimos pontos de chegada.

Seu modelo precisa se adaptar a:

- Sua realidade financeira: Qual seu fôlego de caixa?

- Sua capacidade operacional: O que você consegue entregar hoje?

- Seu mercado: O que seus clientes estão dispostos a aceitar?

- Sua velocidade de aprendizado: Quanto tempo até dominar o modelo?

Verdade bônus:

O melhor modelo não é o mais bonito, o mais moderno ou o mais lucrativo - é aquele que você consegue executar bem hoje, mantendo espaço para crescer amanhã.

Como escolher seu modelo (sem pirar no processo)

Agora vem a parte que você estava esperando: o passo a passo prático para escolher (ou repensar) seu modelo de negócio.

E vou te ensinar a fazer isso como fazemos aqui na Academia do SaaS: olhando pelos dois lados do balcão.

Primeiro: a visão do seu cliente

Antes de pensar no seu lado, você precisa entender profundamente o lado do cliente.

É como um casamento — você precisa conhecer muito bem seu parceiro antes de fazer compromissos de longo prazo.

1. Comodidade

  • O quanto seu modelo facilita a vida do cliente?

  • Ele precisa fazer muitos processos manuais?

  • As cobranças são automáticas ou ele precisa aprovar todo mês?

  • O acesso ao suporte é simples ou burocrático?

2. Custo-benefício

  • O valor cobrado faz sentido para o resultado entregue?

  • O ROI é claro e mensurável?

  • Existem custos escondidos que podem frustrar depois?

  • O modelo de precificação é transparente?

3. Segurança

  • Qual o risco do cliente ao adotar seu modelo?

  • Existe período de testes ou garantia?

  • Como você protege os dados e informações?

  • O que acontece se algo der errado?

4. Velocidade de Entrega

  • Quanto tempo até o cliente começar a usar?

  • O onboarding é rápido ou complexo?

  • As atualizações são automáticas?

  • O suporte responde em quanto tempo?

Segundo: sua visão como empresa

Agora sim, olhe para dentro. Porque não adianta ter um modelo perfeito para o cliente se ele quebrar sua empresa, não é?

1. Margem de Contribuição

  • Qual a margem real após todos os custos?

  • O modelo é escalável ou os custos crescem junto?

  • Existe espaço para melhorar a margem com o tempo?

  • As margens suportam investimentos futuros?

2. Capacidade Operacional

  • Sua equipe atual consegue executar esse modelo?

  • Quais investimentos em infraestrutura são necessários?

  • Como fica o fluxo de caixa nesse modelo?

  • Existe necessidade de capital de giro?

3. Capacidade de Aquisição

  • O CAC (Custo de Aquisição de Cliente) faz sentido?

  • O tempo de retorno do investimento é aceitável?

  • Suas margens comportam diferentes canais de aquisição?

  • Como escalar a aquisição sem quebrar?

4. Potencial de Crescimento

  • O modelo permite expansão geográfica?

  • Existem oportunidades de cross-sell e up-sell?

  • Como fica a internacionalização nesse modelo?

  • Qual o tamanho real do mercado disponível?

Dica de ouro: Faça esse exercício periodicamente. Mercados mudam, empresas evoluem, e seu modelo precisa acompanhar.

 Bloco Especial

🧠 Mentalidade do empresário SaaS bom de verdade

Querido, chegamos ao momento mais importante da nossa conversa. Porque no fim do dia, não é o modelo que faz o negócio dar certo - é você.

A verdadeira mentalidade de um empresário SaaS Bom de Verdade é entender que:

"O modelo perfeito não existe. O que existe é o modelo que você aperfeiçoa todos os dias."

Para essa semana, quero que você reflita:

  1. Seu modelo atual está gerando trocas justas?

  2. Você está resistindo a mudanças por medo ou comodismo?

  3. Quais sinais do mercado você está ignorando?

Ação prática da semana: Dedique 2 horas do seu tempo para fazer um diagnóstico honesto do seu modelo de negócio atual. Use os critérios que compartilhei e seja brutal na sua análise.

Você chegou até aqui, e isso mostra que você é diferente. Você quer crescer de verdade.

Até lá, continue sendo um SaaS Bom de Verdade!

Um grande abraço,

Rafa Campos 

Fundadora da Academia do SaaS

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  • ✏️ Escrita por: Rafaela Campos (Fundadora Academia do SaaS).

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